As ovelhas conhecem o seu Pastor e reconhecem a sua voz !

 
De acordo com o relato bíblico, após Yeshua/Jesus, ter celebrado a Páscoa com seus discípulos, foi ao Monte Getsêmani orar, porque sentiu uma profunda tristeza em seu Ser! E, após ter orado, desceu o Monte e, deparou-se com Judas ( um dos 12 discípulos) e uma multidão que, com espadas e varapaus, foi enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo, com o objetivo de Prender Yeshua/Jesus. 
 
Diante desse relato, 2 coisas me chamaram a atenção: 
 
- A primeira delas, é a seguinte: embora Yeshua estivesse todos os dias, assentando-se com a multidão, ensinando no Templo, ainda assim, por incrível que pareça, esses que foram a Yeshua com espadas e varapaus, NÃO O conheciam! Ouviram seus ensinamentos! Viram os milagres por ELE realizados e, provavelmente muitos, por ELE até foram curados, libertos... mas ainda assim, a multidão NÃO CONHECIA YESHUA! Estavam cegos, a ponto de não identificá-lo e, surdos, a ponto de não reconhecerem a sua voz!
 
E, o mais interessante é que, de acordo com as Escrituras, as ovelhas conhecem a voz de seu Pastor... será que em meio a multidão, somos capazes de identificar a voz de Yeshua/Jesus? Ou será que em meio a multidão, ouvimos apenas a voz que nos interessa ouvir?
 
Na imensidão da tristeza que inundava o seu Ser, Yeshua OROU, afim de ouvir a voz daquELE que O enviou! E quanto a nós? O que buscamos receber através de nossa oração? O que pedimos para apaziguar o que agita e transborda em nosso Ser, de modo a tirar, muito das vezes, nossa paz? E, no que oramos, que resposta temos recebido? É a do tipo que fez diferença na vida de Yeshua e, na de todos que O recebem?
 
- A segunda coisa que me chamou a atenção, foi o seguinte fato: a ação de Pedro em DEFENDER Yeshua, fazendo uso de sua própria força! Fazendo uso dos mesmos recursos, usados por aqueles que foram até Yeshua, para prendê-lo, a saber: a espada! E, quanto a nós? O que temos usado para atacar, com o discurso de nos defender?
 
Ora, alguns poderiam assim dizer em relação a Pedro: "parabéns, pela coragem! Você é um dos nossos! No seu lugar, eu faria o mesmo! Você fez o que há tempos, eu gostaria de ter feito.... quantos já se depararam com esse tipo de discurso?
 
Mas o testemunho de Yeshua, perante a multidão, NÃO foi o que eles esperavam! O testemunho de Yeshua, foi exatamente o que ELE aprendeu com o PAI, ou seja, com aquELE que O enviou!
 
E, o mais interessante disso tudo e, que podemos trazer como lição de vida, é: Elohim/Deus NÃO precisa da ajuda de homens para realizar seus intentos! NÃO necessita de homens, para defender seu Nome e, muito menos seu Santuário... sua Congregação/Igreja. O dia que Elohim/Deus necessitar do homem para alguma coisa, ELE deixará de SER o que É.
 
Pode para alguns, parecer "besteira", "coisa pouca", mas começa assim mesmo, o afastar-se de Elohim! A partir do momento em que o homem, agindo por sua própria conta, acreditando que está ajudando o Altíssimo... que está protegendo/resguardando os princípios dESTE... que está defendendo o povo de Elohim e, do mesmo modo, a sua Igreja... passa a se colocar no lugar que NÃO lhe pertence, isto é, no lugar de Elohim... acima de Elohim.
 
Yeshua NÃO aplaudiu a atitude de Pedro, em agir por impulso, em agir por si mesmo! Em agir com violência! Quantos de nós, temos apoiado atitudes violentas? Discursos violentos? E, depois pedem oração para obter paz? Depois querem se colocar como agentes da paz?
 
Yeshua, como um bom aluno daquELE que O enviou, agiu diferente... ele curou a ferida feita por Pedro na orelha do servo de um Sacerdote. Ele mostrou TOTAL submissão/dependência em relação ao PAI, O qual Ele sabia que, caso a ESTE orasse, legiões de anjos seriam colocados a sua disposição!
 
É isso que muito das vezes nos tem faltado... o confiar que, os que pertencem ao Reino de Elohim, por Elohim é guardado! Não é pela força, não é pela fortaleza de nossas construções, não é pelo que temos no bolso, não é pelas amizades influentes... é pelo poder de Elohim!
 
Refletir acerca disso, é importante para que NÃO nos esqueçamos do seguinte: somos nós que precisamos do Altíssimo e, NÃO o Altíssimo de nós.