Deus NÃO é Zeus!

Shalom!
 
Elaboramos esse estudo, porque assim como outrora, por falta de conhecimento, por falta de pessoas que nos ensinassem de maneira correta, verdadeira, tendo por base, evidências textuais; gramaticais; histórica e arqueológica, acerca do termo Deus, reproduzíamos ensinos errôneos! E, do mesmo modo que procedíamos, ainda há muitos que, infelizmente, continuam reproduzindo os mesmos erros e, ao contrário do que aconteceu conosco, hoje há na Congregação de Yah Elohim, quem ensine o certo, mas a questão é: quem está disposto a reconhecer seus erros e, voltar-se para o aprendizado correto? Nós tivemos! HalleluYah!
 
Infelizmente, para muitos que saem do Cristianismo, o viver em novidade de vida, está no combate a tudo que vem das Igrejas e, suas lideranças, a começar pela palavra Deus, que nada mais é que, a transliteração da palavra grega Theos( declinada no Nominativo Masculino Singular), para o latim.
 
Daí, crermos que, abordar esse assunto é fundamental, para que não nos deixemos aprisionar por ensinos que trazem sobre o indivíduo, receio; insegurança e, o medo de fazer uso de um termo/palavra que, em razão de ter sua origem no idioma grego, é visto com desconfiança por aqueles que associam tudo o que vem desse idioma, ao "paganismo"; ao "profano"; ao "impuro", relegando-o dessa forma, a uma posição inferior ao idioma hebraico!
 
Entretanto, o que precisamos ter bem conceituado em nossa mente é o seguinte: TODA diversidade linguística, é obra de Yah Elohim! Assim sendo, esse discurso no qual, busca-se  colocar um idioma acima do outro, como sendo melhor que o outro, mais puro que o outro, NÃO faz sentido algum, quando nos atentamos para o seguinte fato: TODA obra do Altíssimo é boa! TUDO o que ELE faz, é bom! Portanto NÃO é o hebraico maior ou melhor que o grego e, nem o grego, maior ou melhor que o hebraico! Ambos são criação do Altíssimo!
 
Ter esse entendimento, já é meio caminho andado, para percebermos que, através da diversidade linguística, a Palavra de Yah Elohim, estrategicamente, ultrapassou as fronteiras de Yerushalayim, de modo a alcançar nações/povos sob influência helênica, tais como: Roma; Grécia e Àsia, permitindo a estas, a compreensão das Boas Novas apregoadas por Paulo e, demais discípulos de Yeshua, em seu próprio idioma!
 
Outro ponto importante a ser mencionado nesse estudo e, que nos auxiliará na compreensão do mesmo, é o seguinte: dentre as ferramentas que nos garantem o acesso aos textos bíblicos, estão as CÓPIAS encontradas no idioma GREGO, nas quais, é possível encontrarmos textos completos do Novo e Antigo Testamento; em outras, apenas os Evangelhos e, em algumas, encontramos os Evangelhos e textos do Novo Testamento, evidenciando dessa forma, a importância do idioma grego no propagar das Boas Novas de Salvação.
 
Vejamos abaixo, algumas dessas evidências textuais( CÓPIAS), dentre as muitas existentes: 
 
1 -  Códex Vaticanus:
É um dos mais importante textos manuscritos da Septuaginta e, do Novo Testamento Grego, datado do Século IV EC . E, embora esse manuscrito, não esteja completo, de acordo com os críticos textuais, o Códex Vaticanus é a testemunha mais importante dos Evangelhos, Atos e, Epístolas Católicas.
 
 
2 -  Códex Sinaiticos: 
É um dos mais importantes manuscritos gregos descoberto, em razão de sua antiguidade( Século IV EC) e, também , por ser o único Códex a conter o  Novo Testamento completo!
 
 
3 - Papiros de Bodmer:
É um conjunto de 22 Papiros, nos quais encontramos além de trechos do Antigo e Novo Testamento, também encontramos partes do livro da Ilíada de Homero (V e VI) e três comédias de Menandro (Dyskolos (P4), Samia e Aspis). No que diz respeito aos Evangelhos, o mais antigo é o P66, datado do ano 200 EC, o qual contém o Evangelho de João, enquanto que, o P72 é a versão mais antiga da Epístola de Judas, I Pedro e II Pedro. 
 
 
 
 
 
Sabemos que, inúmeras são as evidências textuais que comprovam que o Novo Testamento foi escrito em Grego, mas... afim de não tornarmos esse estudo muito longo, destacamos os mais conhecidos no meio acadêmico, para mostrarmos ao leitor o seguinte: discursos nos quais se afirmam que o Novo Testamento foi escrito em Hebraico, É MENTIRA! NÃO HÁ uma evidência sequer de textos do chamado "Novo Testamento," escritos em hebraico, mas SIM, em GREGO!!!
 
E, agora? Cientes desse fato, o que faremos? Jogaremos fora todo o ensino contido nos Evangelhos? Chamaremos Paulo de "fanfarrão", por fazer uso do idioma grego no apregoar das Boas Novas as Congregações localizadas em Roma, Àsia e Grécia? Ou negaremos as evidências, por orgulho? Por não compreendermos o contexto histórico da época em que os textos do "Novo testamento" foram escritos? 
 
E, nisso, o leitor pode se perguntar o seguinte: "Onde vocês querem chegar com essas afirmações"? E, a resposta é simples! Mostrar ao leitor que, o uso do idioma GREGO nos textos do chamado Novo Testamento, NÃO se deu, conforme alguns, ERRÔNEAMENTE afirmam, com o objetivo de "deturpar", "distorcer" o que eles afirmam ser os originais do hebraico arcaico!!
 
E, por que assim afirmamos? E, a resposta é: primeiro, porque na época de Paulo, não se usava o hebraico arcaico, mas sim, o Quadrático, conhecido entre os hebraistas como: Hebraico Clássico! Segundo, porque o uso do idioma grego, era amplamente disseminado no continente Africano(Alexandria); na Europa(Roma e Grécia: Corinto; Tessalônica e Filipos) e, Àsia Menor(Galácia; Ponto; Capadócia; Bitínia; Colossensses; Éfeso). Logo, no momento em que o Evangelho, passou a ser apregoado sobre um vasto território, como consequência, passou a iluminar um grande número de pessoas! 
 
Como podemos perceber, através do idioma grego, nações puderam ser iluminadas... puderam conhecer o que até então, estava restrito a IsraEL.
 
 
1ª ABORDAGEM - ANALISANDO A SEGUINTE AFIRMAÇÃO: DEUS NÃO É ZEUS!
 
Quem nunca ouviu essa frase: "Deus é Zeus" ? Bom... nós de Queimados, confessamos que não só, já ouvimos, como também, por inúmeras vezes a reproduzimos, por falta de conhecimento!!!
 
Entretanto, hoje, o discurso é outro! Não para impor o que cremos, mas para despertar no leitor, a curiosidade, o senso crítico, o conhecimento a respeito do que crê e, apregoa, afinal, respostas evasivas e, fora de contexto histórico, gramatical, linguístico... não traz libertação, não edificam aqueles que desejam ser edificados na verdade, ao contrário! Discursos fora de contexto, traz confusão!! Por isso, atentar-se para o universo cultural grego, com sua literatura, com seus jargões populares; com seus discursos e metodologia de ensino filosófico, como por exemplo: o discurso diatribe, ajuda-nos a ter um panorama maior e melhor, no que diz respeito ao uso do idioma grego, em textos bíblicos, de modo a desmistificarmos conceitos errôneos a respeito desse idioma.
 
Diante disso, pra começarmos nossa abordagem, precisamos ter bem conceituado o seguinte: no grego, assim como em qualquer outro idioma, as palavras se flexionam!!! Ter esse entendimento é fundamental e, sabem por quê? Porque torna eficaz nosso testemunho, a respeito do que cremos e apregoamos! E, nisso alguém pode se perguntar: como se dá essa flexão? 
 
Sabemos que, falar sobre flexão em nosso idioma, não é tarefa fácil, que dirá no grego!! Mas, afim de tornar a compreensão desse assunto, mais leve... mais acessível, explicaremos de início, fazendo uso do nosso idioma, ok?
 
Vejamos o verbo amar... de acordo com o pronome que o antece e, o tempo verbal em que estiver conjugado, sua grafia muda, como podemos observar abaixo:
 
Tempo verbal: Presente do Indicativo
Eu amo/ Tu amas/ Ele ama/ Nós amamos/Eles amam
 
Tempo Verbal: Pretérito Perfeito
Eu amei/Tu amaste/Ele amou/Nós amamos/Vós amastes/Eles amaram
 
Tempo Verbal: Pretérito Imperfeito
Eu amaria/Tu amarias/Ele amou/Nós amastes/Eles amaram
 
Tempo Verbal: Pretérito Mais que Perfeito
Eu amara/Tu amaras/Ele amara/Nós amáramos/Vós amáreis/Eles amaram
 
Tempo Verbal: Futuro do Presente
Eu amarei/Tu amarás/Ele amará/Nós amaremos/Vós amareis/Eles amarão
 
Tempo Verbal: Futuro do Pretérito
Eu amaria/Tu amarias/Ele amaria/Nós amaríamos/Vós amaríeis/ Eles amariam
 
Percebam que, o verbo amar, de acordo com o pronome que o antecede, sofre flexão, PORÉM, sua raíz, mantem-se intacta! Preservando dessa forma, seu significado! Ou seja, quando falamos: " Eu te amarei por toda a vida", sabemos qual é o verbo dessa frase: (amar) e, em que tempo verbal ele está conjugado(1ª Pessoa do Futuro do presente do Indicativo)! Esse caso, é o que chamamos: flexão verbal.
 
Quando falamos:" o menino vestiu a blusa de seu time", o substantivo menino, está definido pelo artigo que o antecede, a saber: artigo (o). Não podemos falar: "o menina vestiu a blusa de seu time", pois se assim fizermos, a frase ficará sem sentido, visto que, o artigo (o), define o gênero masculino. Já na frase: " a menina vestiu a camisa de seu time", o artigo(a) definiu o gênero em questão, a saber: o feminino. Esse caso, é o que chamamos: flexão de gênero.
 
Quando falamos: "comprei duas canetas", o substantivo nessa frase é: caneta, o qual está fexionado de acordo com o numeral que o antecede(2). Por isso, caneta, encontra-se no plural, porque são mais de uma(1). Nesse caso, temos a flexão de número(plural).
 
Quando falamos: " ele morava numa casinha a beira do rio, mas ao contrário, do que as pessoas imaginavam. ele era riquíssimo!" Nesse caso, temos a flexão de grau, onde a palavra casinha denota o diminutivo, ou seja, algo bem pequeno, enquanto que a palavra riquíssimo, encontra-se flexionado no aumentativo, denotando algo em abundância.
 
Bom... agora que fizemos uma breve explicação a respeito das variações que a palavras sofrem, esperamos que nossa abordagem a seguir, fique mais fácil para ser compreendida pelo leitor, no que diz respeito ao idioma grego!
 
Como já dissemos, no idioma grego, as palavras se flexionam!!! E um exemplo claro, é a palavra Deus, que em grego, escreve-se da seguinte maneira: Θεος - Theos .
 
Vejamos...
 
Encontramos a palavra Theos/Deus flexionada nas seguintes declinações, no grego: 
 
a) no Nominatativo Masculino Singular, onde temos: Theos ( Θεος) - pronunciamos: Déos
 
Nesse caso, a palavra Theos, é o sujeito do verbo, ou seja, é Theos quem realiza a ação verbal, sendo antecedido pelo artigo "o". Nesse caso, como descobrimos o sujeito? E, a resposta é: fazendo a pergunta ao verbo! No texto abaixo, a pergunta a ser feita ao verbo é: " quem fez os milagres e/ou grandes feitos através do ministério de Paulo? E, a resposta do verbo para essa pergunta é: Theos/Θεος. 
 
Outra informação importante a ser mencionada, é a seguinte: na declinação Nominativo, o artigo "o", sempre antecede o sujeito que realiza a ação!
 
Atos 21:19 E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Theos/Deus (  Θεος ) fizera entre os gentios."
 

 

b) no Dativo Masculino Singular, onde temos: Theo ( Θεω) -  pronunciamos: Déo
 
De acordo com o gramático REGA Lourenço, declinação no Dativo, é quando um um substantivo, no grego, expressa interesse pessoal, indicando a pessoa ou coisa, em que recai o proveito ou dano de uma ação, idéia que é expressa no português mediante o objeto indireto ou pelas preposições a ou para. O caso responde à pergunta: "A que...?" ou " Para quem...?"
 
Querem ver um exemplo?
 
Atentando-nos para o texto abaixo, podemos perceber que, o substantivo Theos indica a pessoa que nele crê, ou seja: Abraão, o qual pela sua emunah, recebeu da parte de Theos, justiça! Por isso, Theos é flexionado no Dativo Masculino Singular, pois o proveito de uma ação, ou seja, o crer, é expressa mediante objeto indireto. Abraão creu em quem? E, a resposta é: em Theo.
 
Outra informação importante a ser mencionada, é a seguinte: no Dativo, o artigo "τω(to)", antecede o substantivo que expressa interesse pessoal.
 

Gálatas 3:6 Assim como Abraão creu em Deus( Theo - θεω), e isso lhe foi imputado como justiça."

 
c) no Genitivo Masculino Singular, onde temos: Theou ( Θεου) - pronunciamos: Deu
 
O uso dessa declinação, dá-se em casos onde a idéia de posse, é expressa! O Genitivo, responde a seguinte pergunta: "de quem? ou "do que"? Conforme podemos observar no texto abaixo:
 
Atos 16:17 Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo." 
 
Ao lermos o texto acima, conseguimos imaginar a cena, na qual a mulher a todo tempo, repetia que Paulo e, os demais que o acompanhava, serviam a alguém!! E, nisso, a pergunta a ser feita é: a quem eles serviam? De quem eles eram servos? E, a resposta para essa pergunta, dá-se no genitivo: do Theou Hypsistou, ou seja:  do Deus Altíssimo.
 
Percebam que, o artigo que antecede o Genitivo Theou, é "του(tou)", quer por sinal, determina o tema final do substantivo flexionado.

 

d) no Acusativo, onde temos: Theon( Θε'ον) - pronunciamos: Deon

Ao contrário do Nominativo, onde o substantivo equivale ao sujeito da frase, realizando a ação verbal, sendo antecedido pelo artigo "o", no Acusativo, o substantivo sofre a ação verbal. Nesse caso, o substantivo é equivalente ao que em nosso idioma conhecemos por Objeto Direto. Percebam também que, no Acusativo, o artigo que antecede a palavra Theon é:  τον(ton)", conforme podemos observar na figura abaixo:

1Tess 1:9 " Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus( Theon - θεόν), para servir o Deus( Theo - θεω) vivo e verdadeiro."
 
 
Bom... agora que já mencionamos acerca das declinações que as palavras sofrem no idioma grego, dando como exemplo, a palavra Theos/Deus, a qual é tema de nosso estudo e, do mesmo modo, mostramos como o artigo define a forma como o substantivo será flexionado, prossigamos com o tema abordado nesse estudo, a saber: Deus NÃO é Zeus!
 
Um erro comum, praticado por aqueles que, NÃO tem o conhecimento da cultura grega, é associar Deus a Zeus! Mas por que eles assim procedem? E, as possíveis respostas para essa pergunta, são:
 
a) por não darem a análise crítica textual e gramatical, sua devida importância! Para estes, o que é levado em consideração são textos fora de contexto; discursos pautados em senso comum; em achismos; sentimentalismos; suposições; teorias da conspiração; análises gramaticais equivocadas; inventadas e, por aí vai... Mas, verdade seja dita: para que nossa emunah seja sólida, faz-se necessário conhecimento acerca do que cremos e, apregoamos!
 
b) por acharem que não se faz necessário ter quem ensine na Congergação! Para estes, qualquer um está apto a ensinar, desde que confessem a mesma emunah; o mesmo nome hebraico quer seja para o Altíssimo, quer seja no que diz respeito ao nome do Ungido. Não é a toa, que nos deparamos com ensinos bizarros, "sem pé e sem cabeça"; sem evidências textuais; gramaticais; arqueológicas! Não é toa, que nos deparamos com muitos fracos na emunah, muitos que se vêem perdidos no que apregoa, porque, onde não há conhecimento a respeito do que se afirma, o testemunho , torna-se ineficaz!
 
c) preguiça! É isso mesmo, leitor, que você acabou de ler! Preguiça! Muitos são os que tem preguiça de ler; de se informar; de ir em busca da testificação do que lê! De ir em busca de fontes confiáveis; de autores conceituados, os quais dedicam anos de suas vidas no campo de pesquisa... enfim, são esses preguiçosos no que diz respeito a informação escritural, no seu devido contexto, que se acham aptos a ensinar, são esses que contribuem para a propagação de ensinos errôneos!
 
Assim sendo... sempre quando algum ensino chegar as vossas mãos, aos vossos ouvidos, lembrem-se: exercitem o senso crítico! Questionem... comparem... analisem! Proceder dessa forma, não é minimizar nossa emunah, ao contrário! Quem assim procede, contribui para tornar sua emunah saudável; eficaz; sólida; segura.
 
 
2ª ABORDAGEM - PALAVRAS COM PRONÚNCIAS "PARECIDAS", NÃO SIGNIFICA QUE TENHAM O MESMO SIGNIFICADO E/OU A MESMA GRAFIA.
 
Normalmente, afirmação do tipo: Deus é Zeus, ocorre pelas seguintes razões: 
 
a) pelo fato de muitos acharem que, a pronúncia do termo Deus, é parecido com a pronúncia da palavra Zeus;
 
b) pelo fato de muitos, acharem a grafia e pronúncia das palavras Dio/Dia, parecidas com a grafia e pronúncia do termo Deus, automaticamente, o associam a uma divindade pertencente ao panteão grego, a saber: Zeus;
 
c) pelo fato de não conhecerem o idioma grego! E, por assim ser, não se atentam para a gramática grega, onde temos as flexões gramaticais que as palavras sofrem, quando acompanhadas por artigo, por preposição, por adjetivo...
 
Vejamos...
 

Quando afirmamos que Deus(Theos) NÃO é Zeus, assim fazemos pautados em evidências textuais, gramaticais e arqueológica! E, com base nestes, o que de imediato podemos observar é o seguinte: enquanto a palavra Theos(Θεος)  começa com a letra Theta(Θ), tendo por terminação na declinação no Nominativo: (ος), a palavra Zeus(Ζευς), começa com a letra Zeta( Ζ), tendo por terminação na declinação no nomitavo: (υς), conforme podemos observar nas evidências obtidas através do Dicionário Strong, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento e, Dicionário grego:

Observem a forma como se escreve Theos em grego, nas figuras abaixo:

Agora... quando falamos que, Deus/Theos NÃO é Dios/Dia, assim afirmamos, com base em regra gramatical do idioma grego, na qual é possível observarmos o seguinte: as palavras Dia(Δία) e Dios(Διος), são declinações da palavra Zeus( Ζευςe, NÃO da palavra Theos(Θεος)! 

Atentem-se que, as palavras Dia(Δία) e Dios (Διος), são inicialmente grafadas com a letra Delta(Δ) e, NÃO com a letra Theta(Θ) a qual é usada no início do nome Deus/Theos).

Observem nas figuras abaixo, a forma como o termo Zeus é flexionado de acordo com o artigo/preposição que o antecede:

Vejamos agora, os textos abaixo:

Atos 14:12 " A Barnabé, chamavam Júpiter e, a Paulo, Mercúrio, porque era este o principal portador da palavra".

Observem que no texto acima, usaram a versão LATINA para se referir ao nome Zeus. E, por que, assim afirmamos? E, a resposta é: porque nessa versão, Zeus é chamado de Júpiter. E, foi dessa forma que Barnabé, segundo o texto de Atos 14:12, foi chamado.

Entretanto, quando analisamos a Nova Versão Internacional Inglesa(New Internacional Versoin - NIV), o que podemos constatar é o seguinte: nessa versão, a forma original grega Zeus, foi mantida, conforme podemos observar no texto abaixo:

Atos 14:12 " Barnabas they called Zeus, and Paul they called Hermes because he was the chief sepaker".

Já na versão Grega, o termo Zeus, encontra-se flexionado no Acusativo Masculino Singular, a saber: Dia(Δία). Daí,  ficarmos atentos para o seguinte fato: na declinação Nominativa, Zeus é grafado inicialmente com a letra Zeta(Z), PORÉM, nas demais declinações, como por exemplo: no Acusativo Masculino Singular, ele é grafado inicialmente com a letra Delta(Δ), conforme podemos observar no texto abaixo:

Atos 14:13 " O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões".

Observem que no texto acima, a versão LATINA também foi usada. E, por que assim afirmamos? E, a resposta é: porque nessa versão, Zeus é chamado de Júpiter.

Já na Nova Versão Internacional Inglesa( New Internacional Version - NIV), a forma original grega para se referir a Zeus, foi mantida, conforme podemos observar no texto abaixo:

Atos 14:13 The priest of Zeus, whose temple was just outside the city, brought bulls and wreaths to the city gates because he and the crowd wanted to offer sacrifices to them".

Entretanto, na versão grega, o termo Zeus, quando flexionado, sofre mudança em sua grafia e, consequentemente, também sofre mudança em sua pronúncia! No texto abaixo, Zeus está na flexionado no Acusativo Masculino Singular, a saber: Dia(Δία). Daí,  ficarmos atentos para o seguinte fato: na declinação Nominativa, Zeus é grafado inicialmente com a letra Zeta(Z), PORÉM, nas demais declinações, como por exemplo: no Acusativo Masculino Singular, ele é grafado inicialmente com a letra Delta(Δ), conforme podemos observar no texto abaixo:

Como é possível perceber, Deus/Theos NADA tem a ver com Zeus! Aquele que afirma o contrário, assim faz por NÃO conhecer o idioma grego e, na falta de conhecimento, propaga o que não sabe, contribuindo dessa forma, para a formação de preconceito totalmente desconexo; mentiroso, conspiratório, acerca do termo Deus.

É essa falta de conhecimento do idioma grego, que leva muitos a aceitarem e reproduzirem, ensinos errôneos, tais como: "no grego antigo, usava-se Zeus e, no grego  moderno, o termo usado  é, Dia(Δία)".  COMO ASSIM??? Essa é a pergunta que nos fazemos diante de uma afirmação desse tipo!!!

Precisamos ter bem conceituado em nossa mente o seguinte: Zeus é o nome de uma divindade do panteão grego!  PORÉM, a grafia Zeus, é DIFERENTE da grafia de Deus/Theos e, seu significado também é DIFERENTE de Deus/Theos! 

Ora, sendo assim, a pergunta que nos vem a mente é: "pode uma palavra com grafia diferente e, significado diferente no mesmo idioma, ser a mesma coisa? Faz sentido isso"? Claro que NÃO!

Portanto, fazer uso da palavra/termo Deus, NÃO é errado, NÃO é blásfemo, como muitos sem o devido conhecimento afirma! Como já dissemos, para se fazer entender perante as nações sob inflência helênica, o apóstolo Paulo, fez uso do conhecimento que tinha da cultura grega... do idioma grego e, neste, a palavra que se enquadrava para descrever um dos atributos do Elohim de IsraEL, a saber: Ser Poderoso, com poder sobre humano, era Theos, conforme podemos observar no texto abaixo, extraído do Dicionário Léxico do Novo Testamento Grego/Português:

"Theos é um termo geralmente usado no mundo antigo, para seres que tem poder ou conferem benefícios que estão além da capacidade humana. Em traduções, o termo com maiúscula, refere-se a uma divindade específica e, comumente ao Deus único de IsraEl". pgª 97.

É esse termo/palavra Theos que, no latim, foi transliterado da seguinte maneira: Deus. 

Bom... vamos terminando por aqui nosso estudo, na expectativa de termos alcançado nosso objetivo, a saber: mostrar ao leitor, evidências que testifiquem o seguinte: Deus NÃO é Zeus! Mostrar que, ao contrário do que muitos afirmam, as palavras Dia/Dio, NÃO é o mesmo que Deus! Estas palavras, nada mais são que a declinação da palavra Zeus!

Assim sendo, que esse estudo traga ao leitor, o conhecimento necessário para, tornar-se verdadeiramente livre de conceitos errôneos, livres do medo que a falta de conhecimento impõe sobre os que ainda não o tem! Enfim... Que se cumpra em nossa vida, o que nos foi ensinado: "Conhecereis a verdade e, a verdade vos libertará". (Jo 8:32)

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Bibliografia:

Bíblia:
Bíblia Hub
Bíblia Shedd
 
Dicionários:
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento
Dicionário Léxico Grego/Português
Dicionário Strong
 
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